O filme “O Discurso do Rei” abre as portas do castelo do Reino Unido no ano de 1925 e por meio de um recorte, nos apresenta o príncipe Albert, Duque de York, pai da atual rainha Elizabeth II e o drama que viveu relacionado à sua dificuldade de fala.
Com o close no microfone que seria utilizado por Albert, enorme perante o seu rosto, a primeira cena já evidencia como este equipamento se apresentava em sua mente: similar a uma “bomba”.
Isso traz luz à capacidade, ainda muito desconhecida, da mente humana de fazer suas próprias projeções: mentindo, distorcendo, aumentando, mudando a proporção, ou seja, transformando a realidade naquilo que conseguimos perceber. Ou, ainda pior, tornando realidade aquilo que queremos que ela seja.
Você consegue perceber as projeções que sua mente torna realidade?
Será que alguém nascido em uma favela pode ter futuro diferente daquele que muitos imaginam como “naturalmente se envolver com o crime”?
Um primeiro e talvez fundamental passo é desenvolver autoconfiança capaz de blindar a potencial essência humana das influências negativas, sejam elas internas, produzidas pela mente, ou externas, relacionadas ao contexto.
Outro passo importante é conceber mentalmente “o que se quer ser” e “onde se quer chegar”. Construímos, assim, a realidade.
E como tudo o que é humano comunica e está interconectado, viver implica em encontrar a própria voz e a maneira como comunicaremos isso ao mundo.
Por outro lado, não se expressar é não conquistar o próprio espaço.
Um exemplo de alguém que, por meio da sua fala, deu voz à favela e a tudo o que a envolve, é Edu Lira, professor parceiro da Sonata, que trilhou uma jornada de aprendizado e refinamento em comunicação, e com isso, conectou seu projeto de empreendedorismo social com grandes empresários.
Não existiu “acaso” e sim muito preparo, aprimoramento e tempo de dedicação. Ele entendeu método, estudou técnicas e aprimorou sua capacidade de argumentação.
Pesquisas apontam que o medo de falar em público, para muita gente, é maior do que o de morrer. Mas mesmo sendo considerado apavorante, este receio de se expor a uma platéia, conhecido como Glossofobia (do grego: glōssa (γλῶσσα), “língua” + fobos (φόβος), “medo” ou “temor”), pode estar aniquilando a sua expressão máxima!
A interessante temática da dificuldade de expressão da própria voz nos instiga a pensar nas várias curas que necessitamos e queremos para a nossa jornada individual.
Esse caminho onde podemos transcender amarras ou traumas se inicia com a humildade do “querer ser curado” e passa por entender o propósito maior da vida. Mas requer a força impulsionadora da vontade. É também fundamental se abrir e se entregar ao processo, tendo uma importante rede de apoio na qual, de fato, se confia.
Quanto tempo isso tudo leva? Não há regras. Cada pessoa tem o seu.
Ir além da dor e dos problemas requer uma reconexão interna bem como uma forte conexão entre humanos, não entre cargos, títulos ou hierarquia.
“Seus problemas não são parte permanente de você”
Sair da reclamação e ir para a ação faz com que entremos em uma frequência leve e com foco na solução das coisas.
Importante termos consciência em qual frequência nos mantemos mais.
Autoconhecimento passa também pelo corpo. Quantas não são as manifestações das questões que nascem em nossa mente?
Aliás, o resultado que se enxerga fora, começou dentro, com um profundo mergulho e realinhamento interno.
Não se apaixone por seus problemas e sim por sua voz!
Analise, entenda, coloque tudo nos lugares certos e siga adiante.
Humildade é dizer sim ao chamado da vida e assumir a totalidade de quem és!
Uma das metodologias da educação transformadora da Sonata é o Cine In. Com uma postura mais ativa de observação contínua, não assistimos só ao filme, mas a nós mesmos.